quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Aniversários na escola: conhecem a lei de Murphy, certo?

(from Michelle's Party Plan blog)


A lei de Murphy diz-nos que "qualquer coisa que possa correr mal, correrá mal, no pior momento possível." Sim! Murphy estava certo... E não tivesse sido esta teoria feita por um engenheiro Aeroespacial, eu acharia que tinha sido um professor a fazê-la, especialmente nos dias em que os pais de um aluno vão à escola levar bolo de aniversário.

É certo que a maioria dos pais decide fazer a festa de aniversário dos filhos no fim-de-semana, onde podem receber uma mão cheia de crianças em casa (e para os mais destemidos, duas mãos cheias de crianças!), preparar com calma um lanche com mesas a abarrotar de sandes cortadas ao meio, pastelinhos que cheiram imensamente bem e copinhos de sumo da última tendência do Cartoon Network.
Porém, há ainda uma percentagem considerável de pais que, por vários motivos, não podem fazer a dita festa de aniversário e acabam por levar um bolo giro para a escola e uns saquinhos com guloseimas para os colegas de turma. A estes pais, juntam-se ainda a última percentagem de todas, o grupo de pais que não só faz festa de aniversário no fim-de-semana, como também levam um segundo bolo de aniversário para a escola.

São, por isso, a estes dois grupos de pais que me refiro. Eles bem chegam à hora combinada (na maioria das vezes) e trazem o bolo com tudo a preceito e um ar de quem depois de alguns anos a ver os filhos soprar velas, ainda se comovem por ver tantos sorrisos desdentados alegres.

E aqui começa a odisseia: A manhã pode ter corrido maravilhosamente bem, se calhar até nenhum se lembrou de fazer nenhum disparate. O sol brilha lá fora, a matéria consegue ser dada dentro do tempo previstos e para delírio dos professores, todos acertam nos exercícios que se seguem. A turma, bem comportada, trabalhadora, está em sintonia perfeita.
E é então que uma das auxiliares bate à porta para avisar que a "mãe da..." ou "os pais do..." chegaram.
De repente (e acontece tudo muito rápido), há lápis a cair ao chão, há um que se lembrou de beliscar o colega do lado, há uma que riscou as lentes dos óculos novos, há um que teima que não quer comer bolo e quer ir já lá para fora para o recreio, há outro que desfaz um lenço de papel em centenas de pedaços, há outra que entorna um iogurte líquido... Como tudo isto acontece ao mesmo tempo, ninguém se ouve. Eles não se ouvem. Gritam, gritam, gritam. E como gritam uns por cima dos outros, não me ouvem a mim.

É neste cenário dantesco que surgem os pais à porta, de bolo na mão, sorridentes. Sim. Não importa se a turma esteve impecável durante 3 horas. A turma vai enlouquecer quando ouvir bolo. 

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